DESABAFO
Estou só, quase só
Sempre consegues ocupar minha mente
É quase uma escravidão, uma dependência
Algo compulsivo e incontrolado
Chego a perder a identidade
Fico angustiado, deprimido, por não controlar meus sentimentos
Gostaria de ser forte, mas fraquejo
Imagino ser um brinquedo em tuas mãos
Sou viciado em ti, teu corpo e tua alma
A cada dia que passa a dor fica mais sentida
Tenho a lua por testemunha das noites insones que passei
A angústia de teu descaso mais aumenta o meu padecer
O destino nos aproximou, tornou-nos cúmplices
Uniu nossos corpos, fundiu nossas almas
Nos fez amar, brigar, acabar,
recomeçar, desconfiar e muito mais
Não sei aonde isto vai dar
Desculpa o desabafo. É que ao escrever, aproximo-me de ti
É como se estivesse conversando, melhor ainda, monologando
pois não te dou a chance de refutar meus argumentos
com tua doentia teimosia
Deixa pra lá. Não quero mais brigas
Estou cansado
Não mais quero o testemunho da lua
Desisto de ti. Quero apenas paz
Quero apenas ficar só