O coração: Um poeta cardíaco

Rebusco-me a paz,

Dentre sonhos e desejos,

Apelos e desfechos,

Para conservar meus pensamentos.

Fingindo não ver,

Ouvir ou sentir,

O que antes vivenciava,

No toque dos sentimentos.

Lembro-me quando nos unimos,

Reunimos nossas loucas ideias,

Fazendo comparações com “as colmeias",

Que todas “as abelhas" possuem uma função.

Cada um com suas peculiaridades,

Permito-me escolher um caminho,

Se escolher errado, fico sozinho.

Isso me fará dependente de um coração.

Ladrão que rouba corações,

Talvez nunca chegue a ser perdoado,

Pois tem medo de pedir desculpas,

E ser espancado por ser vil.

Diga-me se há algo mais valioso,

Do quê um amor consciencioso,

Ou um estado mais caloroso,

Do que sua euforia febril.

Se amar é “estar doente",

Quero ser seu paciente,

Mesmo que meu coração não aguente,

Intermitentemente.

Mas agora, tenho concorrência,

Para o seu tratamento receber,

Formou-se uma “fila do SUS",

E agora todos querem você.