Meu homem
Meu homem.
Temo teu afago, teu carinho e tuas mãos,
pois és brasa.
Aclareia-me com os teus rubros sentidos,
teu ouvido em meu ouvido,
tua mão na minha mão.
Meu homem,
porque és meu mesmo,
e de ninguém há de ser.
como toda força de sentido,
com toda expressão de haver.
Meu,
em minhas mãos te entrelaço,
no teu corpo descalço,
e tua mente vazia.
nos teus rastros desenho,
pois sei que os tenho
e quero sempre mais.
Meu,
e acendes a chama
preparas a cama
e não leva-me, então.
Como fogo que acende
e depois se deprende
em meu coração.
Eu preciso ter-te,
Mas a paixão é brasa,
E o amor é água,
O amor acaba,
tudo que o vier a romper.
Mas para ti, meu desejo,
eu preciso dizer,
que amei,
como amam comumente,
sorrateiro,
descontente,
sem terras para deixar.
E se hoje, vejo-me em sonho,
é pelo que tu és.
e se amo,
e como amo,
é porque estás aqui.
Acordando-me todo dia,
e pondo-me para dormir.