Efêmero
Espera, não acenda ainda a luz
Vamos terminar de escutar esse blues
Afastar lentamente nossos corpos nus.
Vamos eternizar cada ínfimo instante
Deixar o mundo lá fora um pouco distante
Lapidar suavemente nosso diamante.
Façamos como se fosse a última vez, pois talvez seja
Nada mais a ser dito, me agarra, me aperta e me beija
Desnude sua alma, permita que eu realmente a veja.
Esqueçamos o tempo, quem sabe ele até resolve parar
Ignoremos o ser, desfrutemos o efêmero e delicioso estar
Sejamos intensos, a hora é agora e não vai mais voltar.