"todos os olhos dela,"
"O que não tem remédio remediado está."
(Otelo) Ato I - Cena III
...
um quarto de hora pra não te devolver
o meu exemplo de deixar-me a morrer
a tempestade que navega pelos olhos dela
é exceção desta regra em queda e espera
e esperei. janela fechada, tela sobre vidro
eu não saí de lá, mesmo sob raios, sob riscos
quase pude tocar a sua mão, quase de lá, caí
mas era tarde pra consumir a vontade daqui
fosse a minha lápide e nunca te nomearia
fossem os seus olhos pintados a deitarem-me
e seria lua carregada! o tudo e o nada, enfim!
mas era pose.. um excesso de tinta a levaria!
todo.. o corpo e métrica! todo o fogo a atear-me!
p'ra que não mais esquecesse ela, dentro de mim
...e não era,
pra te ser
assim.