Na beira do mar
Na ponta da vara e pus uma linha
Amarei o anzol...
Atirei a linha na encosta calma do mar,
Peixes nadavam pra lá e pra cá
Ou em todas as direções...
Sobre as águas refletia o brilho do sol
O anzol desaparecia, os peixes ardiam
Entre a poluição: plásticos, gigogas,
Pedaços de ferro e pântanos em solidificação.
De repente vinha meu filho correndo:
“Papai pegou pro almoço, mamãe quer saber?”
Eu emudecia! No cesto nenhum peixe
Apenas a guaiaca molhada com sal e cheiro de maresia.