DOLORES

Dolores,

Das dores não mais,

Serei dos amores,

Escravo incapaz,

E tudo que pores,

Em vasos de flores,

Dolores,

Não mais,

terás meus favores;

Imensos horrores,

De não ter ardores

Nos beijos, Não mais?

Tanto faz,

Oh doce Dolores,

Que então,

sem pudores,

Fara seus olores,

Sufrágio de um dia

De amar.

Mas não se egane

Se fores

De algum matize

De cores

Buscar alguma

falta de paz

Aos meus

Alucinadores ais;

Não Dolores,

Teu anseios

Não merecedores,

Só terão de mim,

Arrebatadores:

Nunca mais!

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 06/08/2019
Reeditado em 21/05/2020
Código do texto: T6714009
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