DOLORES
Dolores,
Das dores não mais,
Serei dos amores,
Escravo incapaz,
E tudo que pores,
Em vasos de flores,
Dolores,
Não mais,
terás meus favores;
Imensos horrores,
De não ter ardores
Nos beijos, Não mais?
Tanto faz,
Oh doce Dolores,
Que então,
sem pudores,
Fara seus olores,
Sufrágio de um dia
De amar.
Mas não se egane
Se fores
De algum matize
De cores
Buscar alguma
falta de paz
Aos meus
Alucinadores ais;
Não Dolores,
Teu anseios
Não merecedores,
Só terão de mim,
Arrebatadores:
Nunca mais!