“Das Dores de Amores/ A Que Fere de Morte”
“...Ter algo tão forte como o amor desprezado é dor de Morte, perda da eira, da beira, da sorte.
Mas pera quem o amor carrega, tudo o amor cura, infeliz é aquele que renega, despreza e fingiu amar por um bom tempo e hoje faz piegas.
Tenha a plena certeza, que o amor que hoje tu negas, há de cobrar no tempo certo, a justa cobrança.
Não!
Não é praga de amor mal amado, apenas a fala de quem foi jogado na vala dos comuns. Quem até pouco tempo nos lábios do outro palavra macia e doce.
Não soava como mal assombro ou eguns.
Eu não desejo nada de mal ao meu bem, apenas o olhar da amada que me descartou e a palavra não dita, a que finda o amor.
Aquela que buscamos para consolar a dor, a mais pontiaguda!
A que fere de morte e não a que sangra aos poucos até que venha o desamor.
Ah!
Deus!
Adeus.
Duas palavras tão unas (Deus/Adeus) o Alfa e o Ômega.
Queria sentir ódio ou ira, não o amor que me sufoca e delira.
O amor que tudo perdoa e contagia.
Arde e queima nos levando a uma eterna agonia...”
(“Das Dores de Amores/ A Que Fere de Morte”, by Carlos Ventura)