Quando...

Quando...

Estou sabendo

Todos partimos um dia,

Em viagens com retorno

E também noutras

Abrimos espaços.

Cansados ou não viajamos.

Um voo, uma cavalgada,

Uma volta de trem, um navio.

Ai somos valorizados,

A poesia cresce,

O livro aberto é lido.

A cantoria faz sucesso.

Quando? Só la crescemos.

Lembram de nós,

Recebemos flores.

Choram os nossos amores.

Preguntam: isso é pessimismo?

Não isto é otimismo.

É crescer, mostrar que vivemos.

O tempo passa, estrelas brilham,

Nuvens abraçam o céu.

Quando me for, irei feliz.

Plantei árvores, flores,

O livro sonhado foi escrito,

Deixei raizes,

Fiz o que queria,

Vivi a frente do tempo,

Embalei meus sonhos.

Amei demais

Brinquei de poetar.

Então se eu me for.

Em qualquer dia

Cantem ou toquem Aleluia.

E deixem-me partir,

Lá meus sonhos serão eternos.

As poesias completas.

Árvores e flores serão mais belas.

Não mudarão as estações.

Quero muitos sorrisos

Dispenso as lágrimas.

Não quero adeus.

Quero somente o beijo na face.

Quero a certeza do dever cumprido.

E não esqueçam

Nada é mais certo que a chegada e a partida.

Quando? Não sei mas quero a paz.

Quero o semblante do sono feliz,

Quero o meu quando, quando acontecer!

Marilu Fagundes

Mafag
Enviado por Mafag em 05/08/2019
Código do texto: T6713124
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