VIVI (um Amor) à beirinha do poema 1100...

Como nunca

Ou demasiada gente viveu

Céu e trevas

Um suave ar de Deus

Vivi

Mil anos e mais mil se seguirão

Neste estranho

Guião

Onde ao longe

Estou bem perto de Ti

Te seguro na mão

E ergo a minha taça aos céus

E baptizo assim a época do impossível

Onde o teu sonho

Na rima adivinhada

Também é o meu

Vivi

No limbo

Ateu

Onde a figura de um Pai

Era a do meu apenas

E não a de um celeste

Que adivinhas

Na carta que te escrevi

E que não sei se leste

Ela dizia apenas

Que me encontrei em Ti

Que me encontrei Nele

Filho pródigo que regressa às origens

Do seu dormir acordado

Esquecido

No qual te quis sempre como algo semelhante a um amigo

E por isso faço e dou

Beijos

Em forma de poemas

Em carícias eternas

Para te dizer

Que finalmente Te encontrei

Ou talvez não

Mas que de qualquer das formas

Manias ou feitios

Tu vales a pena

Nesta lógica de Imortal

Que ama quem mais parece consigo

As estrelas

E a auroras sempiternamente

Pois são elas

Que para sempre

Estão

E estarão comigo

Vivi…