Você, meu sol
Você já se sentiu como se o sol fosse capaz de atravessar as suas entranhas e tocar sua alma no mais singelo e sincero dos raios?
Pois é, eu já me senti, e ele era lindo.
Digo, o meu sol.
Ele parecia irradiar vida em cada suspiro que dava.
E não só parecia, como realmente esbanjava vida e vigor a quem estivesse disposto a tomar para si um pouquinho desse elixir natural seu.
Eu não estava.
Não estava procurando por uma razão que me fizesse andar para frente sem olhar para trás, mas às vezes o tempo muda sem precedentes.
Um dia você é tempestade, constante e furiosa, e no outro... Bem, no outro você tem seu ser invadido por raios de sol mornos, que vagarosamente vão expulsando qualquer tempo ruim de seu peito.
Eu me senti assim quando ele chegou.
Quando tomou de mim meu mal, e sem questionar, implantou em minha vida seu bem.
Meu bem.
Eu ainda insisti em chover, mas você me fez sol.
Você foi meu sol.
Aquela grande e magnífica estrela que guiou-me a lugares jamais imaginados pela minha cabeça.
Lugares maravilhosos.
Aquela imensa massa de calor que me aqueceu e aconchegou quando o frio batia desesperado para adentrar novamente minha alma.
Mas você estava lá.
Você montou guarda na minha vida, e enxotou de mim todos os meus medos.
Um a um.
Você, meu sol.