Um Rei...

Pela manhã, nas primeiras horas, ele traz o cheiro do sol que se esgueira pela fresta a acariciar minha pele e me desperta. Habita em seu olhar profundo, a necessidade do agora. Ele é a ideia que inquieta e anima: o meu retiro e a minha festa. Depois, ele me oferece aquela canção, semeia em meu rosto sorrisos e lágrimas sem nexo, e eu, despudoradamente, danço em público, sem explicação. Ele é a versão mais sublime e sutil do êxtase, do seu e do meu sexo.