DE UM DOIDO PARA TODOS OS OUTROS...
Doido não é aquele que pensa que cuida de outro doido.
É aquele que não se conforma com a sua incompetência de dar e receber amor.
Doido é quem enclausura uma pessoa dentro do seu própio silêncio mais desesperado...
Não é quem joga pedra na lua. É aquele que não se dá conta da beleza da lua.
Doido. E porquê não ser? Já nascemos assim como um presente desembrulhado. É o parto da loucura avisando que cá estamos.
O doido verdadeiro não mendiga amor de ninguém. Muito menos de filhos.
Qualquer doido chora. E se não souber chorar reaprende, o significado de lágrimas tão sofridas e experientes dentro da loucura do doido.
E se não puder ser feliz, no íntimo e impenetrável da loucura de todos, haverá sempre a sanidade que não nos pertence.
Doido não é aquele que se acha doido. É aquele que acredita que é totalmente são dentro da sua própria insanidade.
E assim continuaremos a jogar pedras na lua, no sol, e dentro do nosso coração. Essas são as mais doídas de todas aquelas outras pedras que arremessamos e que não nos permite a pequena loucura de ser doido.