Bem do fundo do coração

Quando eu te vi pela primeira vez, algo muito estranho tomou conta de mim.

De repente, senti borboletas de todas as cores voarem sem parar no meu estômago, vi os nossos olhares se cruzarem por toda uma tarde de domingo.

Naquele dia me vi totalmente desconcertada ao passar por um dos melhores abraços...

Já dizia o filósofo Aristóteles que a paixão é definida como as coisas pelas quais passamos na vida.

É, hoje eu bem sei que esse pensamento é mais que uma simples teoria, é pura verdade.

Dias, meses, anos se passaram, mas eu ainda sinto os efeitos daquele encontro do acaso.

Dizem que as melhores coisas que nos deparamos na vida são as mais inesperadas, eu sei disso, e sei também que simultaneamente são as mais trágicas para o coração.

A falta de palavras nos inibiu, mas o diálogo dos olhos dizia mais que o vocabulário de qualquer idioma do mundo.

Parecia que seus os seus olhos, em especial, haviam filtrado todos os raios que vinham do sol que estava tão brilhoso.

Eu senti o sentimento que jamais alguém deve ter sentido na vida.

Nos desencontramos.

Mesmo assim, há sentimentos na vida que sobrevivem e nunca vamos conseguir explicações para isso.

Minha saudade tem tudo: nome, sobrenome, alma, coração, carisma, sorriso e está distante de mim.

Ane Cardoso
Enviado por Ane Cardoso em 01/08/2019
Reeditado em 01/08/2019
Código do texto: T6710055
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