Ai, como dói essa paixão
Transpiro medo e paixão,
Andando entre a minha ilusão.
Ilusão de óptica, em espelhos esféricos
Que mudam a imagem e a realidade.
Lembro que 1/f = 1/p + 1/p'.
Mas não lembro de dizer que me amava,
Senti o seu desconforto e a sua insegurança.
Nem você sabe o que sente...
Como posso então ser eu -de verdade?
Não abro as minhas portas a você,
Nem janelas, nem buracos nas paredes do meu miocárdio.
Se eu abrisse, sangraria até a morte.
Mas claro que a morte chega aos poucos,
Ela se chama paixão.
Para alguns é renascimento,
Entretanto ainda não foi gerado em mim -nem nasceu.
Ai, como dói
Sinto nascer uma pontinha agora.
E como é horrível, credo.
Tira de mim!