Por enquanto...
Por enquanto
Nem sempre tudo serve
Fricamos quietos, nos calamos,
Irremediavelmente o silêncio,
Ele é meu maior consolo.
Arredia, deleito-me na poesia,
Arrasto as palavra que me calam,
Me sufocam como moradia.
Amo o ar livre, os campos,
A brisa do mar é carícia.
Ah, o perfume da terra molhada,
As vírgulas por entre as linhas...
Nem ouso respirar!
Quero aproveitar ao máximo,
Quero cada segundo de volta,
Nosso cheiro misturado...
Um brilho de nossa estrela
A voz e a vez do abraço
A guirlanda era o sinal,
Dias de festa, alegrias...
Triste sim era o final,
Solidão, solidão... E nostalgia!
Por enquanto, a porta está aberta...
Marilu Fagundes