ÚLTIMO ENCONTRO
Como eu posso dizer
Que te esqueci!
Que já não tenho mais prazer
Se o teu perfume ainda está aqui;
Inebriando-me com o feitiço sedutor
Dos amantes furtivos,
Que vivem à ilusão de um amor
Que se tornou proibido.
Como eu queria sentir outra vez
O calor do teu corpo,
Fazer tudo que a gente não fez;
Acariciar o teu rosto
Como antigamente ao nascer da aurora;
Nos entregando sem censura
Antes de irmos embora,
Nos despedindo da nossa aventura.
Sentir de novo a doçura dos teus beijos
Nos lábios meus,
Contemplar novamente teus olhos meigos
Antes do inevitável adeus.
Dos incontidos anseios do reencontro,
Que talvez nunca mais aconteça,
Que só existirá na lembrança um do outro
E, que jamais no tempo adormeça.