O JARDINEIRO E A FLÔR.
O ORVALHO DAS FLORES
SE TRANSFORMOU
NAS ÁGUAS DO RIO
QUE ME LEVOU
À UMA RARA FLÔR.
POR ALGUMAS VEZES
ME TORNEI O SEU VIGIA.
(COMO O JARDINEIRO DIANTE DA FLÔR.)
POIS TINHA COMO PRIMAZIA,
UMA UTOPIA.
O SEU BEIJO
É O DESEJO
QUE GUARDO DENTRO DO PEITO.
PRÁ SEMPRE
O BRILHO DO SEU OLHAR
SERÁ MEU NORTE,
MEU SUL.
COM TEMPO TUDO PASSARÁ.
MAS, COMO LEMBRANÇAS
DAS FLORES CAÍDAS
APENAS A ROSA-AZUL
DO JARDIM QUE SE CHAMAVA ESPERANÇA
FICARÁ.
ÀS VEZES PENSO
QUE O AMOR
É COMO UMA DOR
EM FORMA DE UMA ILUSÓRIA FLÔR.
A AUSÊNCIA DO SEU CORPO
CAUSA EM MIM
UMA GELEIRA
SEM FIM.