Confissão
Dois olhos esbugalhados,
Frente a frente sentado,
Numa engolir de salivas.
Abre o coração.
São ecos, são sombras,
São devaneios complexos,
De amor e solidão.
Que aperta no peito,
E da direito da confissão.
Que esfria as mãos no embalar das palavras,
E todo ouvido, agora, os olhos cerrados.
Respiram ofegantes os corações.
Entra e navega de forma insurgente,
Libera a alma, o mistério profundo.
E em poucos segundo retoma a postura,
Agora confidentes irmãos e amigos.
São almas que se abraçam,
Num trocar de energia,
Que funde a matéria e a alma,
Com a tempestade, já calma.
Agora é sorrir.
Espero te ver
De manhã, a tarde e no anoitecer
E se não acontece
Meu coração entristece
Minha alma a jazer