Jardim dos Afogados
Um aperto no peito
Tão jovem quanto eu
Quando penso em você
Deito em meu leito
Só me vem os olhos seus
Me sinto morrer
Tanta vida lá fora
Tantos motivos
Mas estou preso
Onde voce mora
Entre os mortos-vivos
Nas luzes da aurora
Quatro anos são nada
Sem seu perfume de flor
Viro jardim sem cor
Sinto no peito a facada
Hoje não mais me abalo
Se o amor pisa no meu calo
Sinto medo no jardim
Dessa flor eu quebro o talo
Entre ir e não ir
Ainda não cansei de sentir
Sei que não sou feliz
Mas ainda consigo sorrir.