À beira do cais
Olha lá moço aquela garça que voa
Aquele mar revolto em torno das rochas
Olha, vê se enxerga o amor entre a brisa!
Vê se a canção não se perdeu!
A bravura das ondas me amedronta
Achaca sonhos meus
Faz de mim seu mistério
Na mansidão no mar do amanhã.
Olha lá moço aquele navio cargueiro
Atracado em alto mar sem combustível
Homem andado pra lá e pra cá
Parecendo buscar o que não existe.
Olha lá moço, por favor, com atenção!
O contra torpedeiro que se aproxima
A sarcástica decisão que não anima
Nem a mim nem a ninguém...
Olha moço e abra aquela torneira de petróleo
E abasteça o vigor enfraquecido
Daquela fragata a retornar a origem
Esqueça desavenças que apenas retroagem
Vamos moço: força, fé e coragem!