Amar-te
Águida Hettwer
 
 
Num recanto da alma, afaga-me mansamente a nostalgia,
Traduzindo em letra de poesia, lágrimas de amor,
Sonhos pernoitados nos braços da quimera
Orvalhando as madrugadas em brumas de alvor.
 
Em recôncavo profundo
 Refugiamos-nos do mundo
Sou flor pequenina que floresce na haste,
Inspirando perfumes celestiais despertaste.
 
 
Prende-me na suavidade da brandura,
Navego num mar de sonhos e ternura,
Cantiga de sereia de um único verbo.
 
Hoje o silêncio meu fiel companheiro,
Resgata a ânsia perdida, o coração reclama,
Despertar da esperança adormecida conclama.
 
 
Amar-te!
 
27.09.2007