DEZ HORAS DE AMOR

À medida que eu de ti me aproximava,

Mais com os olhos do que com a boca sorria,

Por encontrar-me ante a própria poesia,

Personificada na musa com que eu sonhava.

Doce reencontro... espetáculo encantado,

Onde se juntam a ternura e o desejo,

No toque das mãos, num prolongado beijo,

Retratando este amor puro e apaixonado.

Pareço ainda ver a chuva que caía,

Naquela tarde de um céu nublado,

Com o testemunho do mar agitado

Ao sentimento maior que nos unia.

A caminho do mundo azul que nos encanta,

Construído que foi de forma apaixonante,

Núcleo de amor que não há o que suplante,

Aflorava em nós a paixão que se agiganta.

Ah, menina, esse ninho que de tudo nos isola,

Onde nenhum fator externo tem lugar,

Nem existe o que nos possa incomodar,

Na paz de espírito que enleva e consola.

Olhei-te, então, com o desejo que já conheces,

Tomando-te no aconchego dos meus braços,

A que pudesses percorrer todos os passos

Necessários a que, nas nuvens, estivesses.

Minhas mãos te percorriam sequiosas,

Como também as tuas me brindavam,

Corpos e almas, ao êxtase, se entregavam

Seguidas vezes, em emoções maravilhosas.

Tomava conta de nós um prazer sem fim,

A cada novo êxtase por nós partilhado,

Do fundo de nossas almas, arrancado,

Ao nos entregarmos, eu a ti e tu a mim.

Ah, cuidar desse teu corpo, minha amada,

Dele tirando sussurros, suspiros e espasmos,

Provocando um emendar-se de orgasmos,

Dá-me a sensação de ter-te, inteira, tomada.

Do tempo, nenhum de nós tomou conhecimento,

Já que era como se à nossa volta nada houvesse,

Fazendo com que o decurso de dez horas parecesse,

Tanto a um, quanto a outro, um breve momento.

Obrigado, mestre Jacó, a presença dos amigos nesta página é pra mim uma grande honra.

O tempo flui sem se ver,

Congelado no sorriso,

Que parecia me dizer,

Volta pra mim, Eu preciso.

(Jacó Filho)

Obrigado, querida Helena, por contribuir, com sua límpida e brilhante poesia, para embelezar a página deste seu amigo, um permanente aprendiz das letras.

Dez quartetos escrevi,

só para te ver sorrir,

e aproveitando o ensejo,

te mando, de quebra, um beijo.

(HLuna)

Obrigado, caro Joel, por tão bela interação.

Foram dez horas e pouco tempo parecia

Na fogueira da paixão ardia o beijo

Ele e ela no luar com mil desejos

Musa amada bem descrita em poesia.

(Joel Marinho)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 22/07/2019
Reeditado em 24/07/2019
Código do texto: T6701733
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