DESATINO
Na solidão de seus agitados sonhos
Um mago cria idílicos amavios
Em busca de lugar paradisíaco
Navega indômito por mares bravios
O sol rompe a linha do horizonte
Apagando a noite dos fieis amantes
Iluminando as águas azuis do oceano
Anunciando um novo dia deslumbrante
Órfãs da distante e fugidia lua
Miríades de estrelas reluzentes
Persistem intrépidas, corajosas
Desafiando a luz do sol incandescente
Diógenes conduziu por toda a vida uma lanterna
na infrutífera busca de um homem honrado
O nosso mago também conduz a sua
Talvez na procura de um amor nunca encontrado
Transforma a misteriosa lua
Em barco para sua empreitada
E com o raiar da linda madrugada
Sem pressa dá início a sua jornada
Que preocupações afligem o indômito aventureiro?
Por qual secreto vaticínio ele está solitário?
Terá sido o amor que nunca o encontrou
Ou decididamente ele dele se apartou
Estará ele feliz por ficar tão só
E ter a liberdade de escolher novos parceiros
Sol, lua, mar, estrelas, até guarda sol
e um imponente Farol, meu Deus que desatino
Talvez pra nortear os rumos do novo destino