SEJA O AMOR

SEJA O AMOR

Nao seja o amor,

como o vento

passageiro entre nós;

que nos revela

uma falsa

cumplicidade;

arejando

a nossa afeição

como um intruso

zombeteiro

de nossas carícias

íntimas,

nos instantes

propícios de nossa

amorosidade.

Seja o amor,

como a luz do sol

na água da cisterna

cristalina;

deixando nela

o seu calor afetivo

de prazeroso verão;

fazendo derramar

o suor pueril

da meiga menina,

que apanha água

com um balde

na cisterna,

aprendendo

desde cedo a servir

com satisfação.

Seja o amor,

bem livre do cansaço

de amar,

porque quem ama

não se cansa,

mas sente

apenas o suspiro

do coração

emocionado,

e a consciência amante

com mais vontade

para amar.

Amar o que se faz,

bebendo na fonte

do saber

artístico,

o carinho do sol,

aquecendo a água

fria da cisterna;

e após,

banhar-se do ocaso

no entardecer,

onde o amor

se nutre da beleza

divina eterna.

Escritor Adilson Fontoura

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 20/07/2019
Reeditado em 23/07/2019
Código do texto: T6700099
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.