Poesia de amor
Poesia de amor
A solidão do campo me encanta.
O murmúrio da cidade me espanta e a indiferença me afasta.
Já sofri a indiferença de alguém, talvez você também, mas isso a gente supera nem que passe anos tentando.
Novos ares suavizam nossa dor, outras brisas podem nos beijar a face e outras águas podem nos abraçar.
Devemos nos deixar ser beijado por outros ventos e tocados por outras canções.
Talvez nunca esqueçamos nosso cantor favorito, mas podemos amar a quem nos encanta com a melodia do amor.
O passado pode ser nostálgico, mas somente o presente pode nos fazer viver o sonho que sonhamos ontem.
Uma divindade é pra ser apenas adorada. De longe almejada e nunca ser beijada. Apenas desejada.
O encanto pode acabar no contato físico. Por isso amo as deusas, mas não as desejo para mim, pois esta relação divino/homem leva à loucura.
Tem nas mulheres o poder único. Cada um sente conforme sua sensibilidade e os insensíveis desconhecem o sabor desse poder.
Sabem escravizar e dominar o escravo. Como adoradores se dobram à sua deusa. Porém, alguns sentem isso, para não dizer nenhum, pois pelo menos um sei que sente e vive intensamente.
Assim são os corações dos amantes e apaixonados. Fantasiam um amor puro e perfeito e a dor sentida só aumenta as raízes do amor.
Não se desespere se já amou assim e foi despercebida. Talvez amastes uma pedra em forma humana.
Carlos Jaime