As dores do viver e amar
O Deus das sementes, as arremessadas pelo mundo, no vento ou numa corrente marinha... Num rio à espera da enchente... A vida predisposta ao tempo e à sorte.
Digo-te que viemos dessas bandas...
Enveredadas vidas usufruindo dos cheiros das várias águas e barros.
Na língua o sabor dos regatos, no ouvido o estalar de um galho quebrado.
Furtiva alma superando a energia sentindo-se escolhida e viçosa pela beleza.
Este antagonismo de se sentir maravilhosa, obra divina do destino.
Não obstante, tens esperado pela felicidade, as geleiras também gemem e sentem saudade.
Haverá sempre o sol pra motivar, pra derreter e escorrer pelas entranhas.
O amor sempre assanha na sanha do abundante querer.
Realiza-te, então...