Penduraram no lustre alguns mal entendidos. E na forma mais crua, passaram a ouvir o vento murmurando no fundo dos olhos.
Tanta vida presa... tantos jardins inexplorados !
A alma atava a paixão com os dentes, e atravessava os abismos dançando com uma rosa rubra na boca - com a boca toda rubra.
- Sirva a pimenta-do-reino, a malagueta, o gengibre, as especiarias todas; pois que a fruta como agora ainda viva !, ao largo que o sal cicatriza as feridas.
E caso amanhã perguntem - morreu de quê ? - diga apenas - de fogo !


 





 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 17/07/2019
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