E quando a alma acende, ele espreita
e mergulha nos labirintos do peito
a ouvir os chamados violentos
cravados ao fundo da própria carne
E quando a alma geme, ele se ajeita...
boca que na minha boca se deita,
mãos que nas minhas mãos se fundem
a falar do sangue imerso no mesmo sangue
E quando a alma ressoa - poesia toda -,
feminina, lanosa e febril,
[ hasteando o coração mais alto que a voz ],
é quando ele bebe do fulgor das asas
e nos canais da loucura se deleita .