FALANDO DE AMOR
(Sócrates Di Lima)
Falei e Cantei em versos a poesia,
O último amor,
Com eles toda a nostalgia,
Na cadência de uma flor.
Falei e Cantei em versos minha alegria,
Na reposição do amor,
Quisera eu cantar a poesia,
Do amor em qual língua for.
Falei e Cantei à noite o seu silêncio gritante,
Procurei em versos mudos seu encantamento,
Encontrei-os na saudade a todo instante,
Surdez do coração em contentamento.
Falei...Cantei...cantei...cantei...
E os ventos levaram ao longe meu cantar,
Palavras d'alma que no amor recriei,
Para que novamente pudesse amar.
E o que seria último,
Deixou de ser...
Tornando-se penúltimo,
Neste meu novo querer.
Mas, não morre os encantos d'outrora,
Se fortalecem nos sentimentos vindouro,
O amor na verdade nunca morre tão pouco vai s'imbora,
Em outro coração vigora, novo, forte feito touro.
Falei...Cantei, cantei....cantei...
Meus versos novos de inspiração frequente,
Há um amor revigorado que em mim deixei,
Florescer, criar raiz, assim, tão crescente.
E as flores germinadas em tantos jardins,
Perfumam os amores que nunca morrem,
Refazem como refazem os versos afins,
Cantando sempre o amor que em si, se socorrem.
Cantei em ti, amada, minhas inspirações,
Hoje, reproduzi em ti, morena, minhas emoções,
refiz-me menino em revigoradas em antigas canções,
Então canto o amor em todas as suas dimensões.
Falei...Cantei..cantei....
Em todos os mares que naveguei,
Cantei, em mim, a cantiga que criei,
Cantei, canto e por Deus, contigo, cantarei.