À uma deusa
À uma deusa
As densas trevas à noite
Descem para assombrar
A lua cheia radiosa
Do leito melodiosa
Saindo pra nos beijar.
Aquele beijo sereno
No doce rosto pequeno
Que veio iluminar
Tuas faces brancas, rosadas
Das minhas enamoradas
Me fazem embriagar.
A brisa vem sussurrando
No teu ouvido falando
O doce do teu amar
A lua iluminando
As trevas se esquivando
Pros dois amantes passar.
O hálito açucarado
Da tua boca saindo
O beijo adocicado
De longe fico sentindo
Do lábio favo de mel
Que um beijo me leva ao céu
Serenamente subindo.
Ó, deusa, porque descestes
Em forma de uma pessoa,
Pra perturbar minha vida
Que agora ando a toa?
A lua desce sorrindo
Só para te admirar
Esta beleza divina
Tão pura e singular
A lua te beija, ilumina
Eu fico a te namorar.
As deusas têm o poder
De num poeta tocar
E nele poder fazer
Um poema dedilhar
E nesse encanto que vive
Na vida a oscilar.
Pobre miserável, o homem.
Quem foi Virgulino Ferreira o Lampião? Não forte suficiente
Para vencer a paixão.
10 anos Tebas sofreu a guerra de Menelau
Do coração de Helena o amor transbordou em mau.
Alexandre foi terrível
Conquistador do passado
Roxana com o coração fê-lo também conquistado.
E Davi por Batisseba, pelada arrebatado, seu filho Annon em Tamar na paixão foi sepultado.
Carlos Jaime