Chuva de Desencontros
Te encontro na escadaria escaldante ao sol de meio dia
Sinto teu cheio nas páginas dos livros que devoro com uma rapidez libidinosa
Vejo você passar pelas ruas deixando rastros de amargura
Me apego à pratica de repetir seu nome pra mim mesmo na isolada segurança do meu quarto de retalhos
Retalhos de sonhos abandonados, porém nunca esquecidos
Jazendo sob a sola dos meus pés cada vez que me levanto da cama me esforçando para não ceder ao desespero e conseguir pegar um copo d'agua na cozinha.
Cada vez que te repito o meu peito incha como um baiacu amedrontado, não se contendo em si por estar tão apertado.
E quando o mundo se encaixa em sua órbita você me surge como o sol
Sorridente, solitário sol nascente
Minha garganta arranha e asfixia ao engolir todas as juras de amor que fiz pra ti quando fui ao inferno.
E quado você falou eu fui Amélia
Quando você chorou fui sal
Quando você ficou eu tive de partir
Partiu meu coração ver você ali
Porque quando vi você eu me apaixonei.