Hoje irei à tua boca
   com a alma ardendo de uma luz imensurável !
   Não menos do que ontem...
   Sem saberes, sem o saber
   da própria boca que docemente se oferta
   [ A boca, essa rosa mítica e provocante,
   com espumas graves e língua doce de leite ]

   Ah a boca... Que outra senão a tua ?
   Sim... a tua ! A tua !
   A tua curva sinuosa, sensual e indecente ! 
   Dá-me a tua boca carnuda e prenhe de vontade !
   - Na flecha doce da tua saliva morrerei cantando !
   





DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 09/07/2019
Reeditado em 09/07/2019
Código do texto: T6692109
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