Hoje irei à tua boca
com a alma ardendo de uma luz imensurável !
Não menos do que ontem...
Sem saberes, sem o saber
da própria boca que docemente se oferta
[ A boca, essa rosa mítica e provocante,
com espumas graves e língua doce de leite ]
Ah a boca... Que outra senão a tua ?
Sim... a tua ! A tua !
A tua curva sinuosa, sensual e indecente !
Dá-me a tua boca carnuda e prenhe de vontade !
- Na flecha doce da tua saliva morrerei cantando !