A SAUDADE FICOU ESCRITA NO MEU OLHAR.
Eu fico a direcionar o meu olhar, e pressinto que já não me habito no teu mundo, sinto bem no fundo, que por uma fração que seja de um segundo, eu já me perdi de algumas pessoas, em alguns momentos de emoção, e que assim de alguma maneira faria de tudo pra ressurgir e nos recompor, quem sabe até me fazer entender de outra feição, na melhor sublimação do que eu era, e de como me tornei um sonhador.
Lamento que eu tenha me deixado levar, mesmo que por um breve momento intemporal, mas, que não desisti de falar que amei, e que desejei estar unido com ela, e de como hoje nada é igual, transformador no olhar, e no enxergar, já que existe um espaço enorme na minha janela, que não nos estimula a nos aproximar, e sim do nosso orgulho que parece que nunca irá modificar.
Nenhuma ignorância vai me trazer conhecimento, mas que em nenhum momento, também não vem me causar uma consternação, muito menos vai me tolher de persistir, nenhum contratempo vai me desviar do meu caminhar, nem o silêncio em seu segredo vai emudecer a minha razão, e na minha luta eu vou continuar, pois nenhum medo vai me fazer parar de sorrir.
É como a execução de um trecho musical, ao perceber que nas rimas de cada verso afixado em uma canção, é um arquivo pessoal, e o solene acorde em sons da pequena frequência de uma voz, que em nós é o registro de acepção, é como admirar em cada uma das estrelas o seu cintilar, no fragmentar de uma luz em esplendor, que propicia um sorriso em cada rosto acolhedor, para não persistir no espaço da saudade, e que não se faça no silencio de uma morada, uma unidade, adiante de uma partida postergada.