Medo de amar!
Ele chega de repente sem pedir licença
Quase sempre de surpresa e inesperado.
Não costuma justificar sua existência,
E quando aparece desafia o impensado.
O sobressalto normalmente é grande,
Atinge os distraídos e despreparados,
Principalmente aqueles desinteressados,
Ou quem sempre imaginou ser imune.
Com muita desconfiança e evidências,
Negam e desdenham com convicção,
Insistem em resistências como proteção,
Afinal, não aceitam serem eles o alvo.
São duros consigo mesmo pra não assumir
O que nunca confessaram saber existir,
Fazem de conta que nada é com eles,
Mas são traídos pelo sorriso e inquietudes.
As reações são de não querer admitir o óbvio,
De não aceitar olhar ou falar o que pensam,
Fogem do assunto quando questionados
E que podem driblar seus próprios receios.
De repente, medos, fraquezas e certezas
Vencidas suas resistências são enfrentados.
Afinal, é preferível tornar-se escravo do amor
À escravidão de não querer e poder amar.
Que venha o amor enriquecer seus dias
Com suas alegrias, sagacidade e energia,
Que fiquem pra traz todos os seus dilemas
E que o amor complete seu ideal de vida.