Para sempre irei vê-la
Oh, ilusão de meus encantamentos pecadores, Onde está o chamejar de teus olhos que estão ausentes na sapiência do proferir dissimulado?
Onde está o crocitar de tua boca ávida de amor dos corações desvalidos,
Onde está a inquirição de tua caminhada que parece nada nunca ter vivido?
Enxergo de longe, pelos montes nebulosos de todos os pesares sofridos,
Procuro-te vivamente em todas as minhas ilusões vistas com ingenuidade,
Procuro-te, mas não consigo distinguir a fabulação da realidade,
Me alega, grande amor, onde verei um anjo se no mundo só existe maldade?
Canto para os que a alma purificam no bem esplêndido ao qual praticam,
Não há no existir um oceano inquinado que uma partícula de amor não traga de volta a vida,
Os pássaros já não estão a crocitar a esperança que voaria pelos véus mundanos,
E a repulsão já afaga e maltrata os corações humanos.
O que fazer com as indagações não retorquidas puramente?
Como acrisolar o pensamento de austeridade para que a luminescência volte a vislumbrar?
Dá-me as respostas, doce amor, tu que curaste meu coração impetuoso,
Inundaste com amor aquele sentimento que antes saberia somente sentir-se orgulhoso.
Voaste, meu grande amor, os anjos já te chamam, pois do teu genuíno amor eles também já clamam,
Vieste e curou-me com teu olhar sereno de amor, olhou-me e com teu devaneio levaste embora toda a dor,
Feita de amor, tão puramente piedosa,
Presumo que já foste mas também que ao teu encontro já estou sorrindo.
A verdade é a decifração do próprio conhecimento e um anjo de amor por mim caminhar vai além do que pode ser verdadeiro,
Mesmo sem tua feição em minha visão, fizeste tua eternidade em meu coração,
E mesmo não estando ao meu lado em matéria composta de estrelas,
Sinto que, em meu olhar e em meu coração, pra sempre conseguirei vê-la.