VARAL
Menina do meu sonhar
Vizinha do meu pensar
No quintal de tua casa
Fico a ver tuas roupas íntimas
No varal a balouçar
Imagino ser o vento
a acariciar tua pudicícia
Roçar tua intimidade
Ser cúmplice de tua malícia
Ou quem sabe ser o sol
A aquecer tua formosura
Iluminar as tuas cores
Sonhar retalhos de teu corpo
Render-me à escravidão dos teus amores
Elas são mui coloridas
Uma branca como a inocência
Outra preta como a lascívia
Mais outra vermelha como o sangue
Em tuas veias a correr
Por fim há uma linda rosa
Como o bem cuidado jardim
de teu lindo florescer