Vodca.

Algo corre em meu peito,

Mais amargo do que da última vez.

Algo que aperta o meu coração,

Que sempre esteve por aqui.

Todavia, o amor, eu sei que se foi.

Para mim, o inverno quis chegar mais cedo.

A geada em meus olhos se mistura as lágrimas.

O jardim ao longo do meu coração,

Depois de tanto chover minhas lágrimas

Se tornou um pântano.

Eu senti o vento que levou cada folha.

Cada pequena parte do amor partindo

E um vazio árido que me resta,

Que eu preencho com qualquer coisa,

A vodca nunca desceu tão doce.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 28/06/2019
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T6683864
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