O JOGO DOS PORQUÊS
Por quê?
Ainda não sei, só sei que eu resisto!
Estou focado, aliás era este o combinado.
Vou esperar pelo resto dos meus dias
Que a lua ilumine meus passos novamente
Que eu caminhe pela brisa suavemente
Até que se acabe de vez essa agonia.
Por quê?
Tanta dor, tanto amor, tanto sofrimento!
A separação enfim chegou, nem mais tardou
Como tsunami, destruiu o belo, quebrou o encanto
Sufocando e esmagando tudo pela frente
Rasgando, implacável, o coração da gente
Transbordou a nós de tanta dor e desencanto
Porque
Já era sabido e esperado esse desfecho,
Não podia ser diferente se já repleto na mente
Essa foi a mais algoz e traiçoeira das decisões
Resolvida a 6, ou mais, obedecendo os dito da razão
Rasgando e banhando com a voz da ilusão
Mas repleta de esperança, de coragem e tantas emoções.
Por que,
Na verdade, tem que ser assim!
Tudo ainda é muito verde e tênue
Têm que ser dado tempo com louvor
Ao tempo, para que o próprio tempo
Nos dê tempo de meditar e decidir
Que deixe, após um tempo, repensar.
Se um dia, na lagoa, nasceu belo
Ao cantar dos pássaros e ao silencio das flores
Embalado pelo olhar de olhos carentes
Infecundo, transformou-se em nada
Esvaído pelas mentiras e algoz razão
Sucumbiu ao tempo e às luzes da verdade.
Este é o Porquê!