O JOGO DOS PORQUÊS

Por quê?

Ainda não sei, só sei que eu resisto!

Estou focado, aliás era este o combinado.

Vou esperar pelo resto dos meus dias

Que a lua ilumine meus passos novamente

Que eu caminhe pela brisa suavemente

Até que se acabe de vez essa agonia.

Por quê?

Tanta dor, tanto amor, tanto sofrimento!

A separação enfim chegou, nem mais tardou

Como tsunami, destruiu o belo, quebrou o encanto

Sufocando e esmagando tudo pela frente

Rasgando, implacável, o coração da gente

Transbordou a nós de tanta dor e desencanto

Porque

Já era sabido e esperado esse desfecho,

Não podia ser diferente se já repleto na mente

Essa foi a mais algoz e traiçoeira das decisões

Resolvida a 6, ou mais, obedecendo os dito da razão

Rasgando e banhando com a voz da ilusão

Mas repleta de esperança, de coragem e tantas emoções.

Por que,

Na verdade, tem que ser assim!

Tudo ainda é muito verde e tênue

Têm que ser dado tempo com louvor

Ao tempo, para que o próprio tempo

Nos dê tempo de meditar e decidir

Que deixe, após um tempo, repensar.

Se um dia, na lagoa, nasceu belo

Ao cantar dos pássaros e ao silencio das flores

Embalado pelo olhar de olhos carentes

Infecundo, transformou-se em nada

Esvaído pelas mentiras e algoz razão

Sucumbiu ao tempo e às luzes da verdade.

Este é o Porquê!

Érico Mendonça
Enviado por Érico Mendonça em 27/06/2019
Reeditado em 08/01/2023
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