COMO ACENDER A CHAMA DO AMOR.
E tudo em mim nesse momento é contido de pura imaginação, o coração palpita engolindo a sua própria palavra, o olhar se agita, o pensamento destrava, e o silencio se faz por uma lavra, seja por um soluço bramido, ou um choro minguado, um riso contido, ou mesmo de um cicio desalentado. E todo cuidado é pouco para se reconstituir um sorriso, é preciso parar de sofrer e se entregar, e é melhor desenhar um brilho maior no olhar, é contar um passo a mais na sua frente. É estar ciente em reconhecer os seus próprios traços, florescer os abraços, e semear a passos largos cada semente.
Foi quando eu procurei plantar junco de folhas pequenas de um pigmento esverdeado, e com muito cuidado, os fixei junto a tua foz, escutei a tua voz até o finar do som, criei um tom timbrado, e colei o meu sol em teu céu dourado, com o teu cabelo já ornado com uma trança em ouro, esse mais delicado miradouro, onde se pode avistar até a lua, no lugar em que a tarde se clama e se perpetua, por entre um jardim revestido de grama, e a chama do nosso Amor se inflama. Colei sobre a tua pele fina, uma cortina, com a decoração em relevo, fiz um corte em uma folha de trevo, apenas para te homenagear, e apresentar os meus mais sublimes ensejos, até te fartar com os meus beijos, sem me dar conta o quanto a tua boca, me adoça de tantos desejos.
E esse teu sinal é o brilho das estrelas da minha constelação, o qual a minha mão busca uma porta a ser aberta, e por eu ser um esteta, quero te descrever mesmo que seja em branco e preto, através de um soneto, em uma risca extasiante, na razão de todo amante, com a mistura de terra e mar, quando feito por um caminhante. Quero te ver através do voejar de um beija flor, atrelar os meus dedos pelos fios do teu cabelo encantador, e desvendar todos os caminhos para te reencontrar, até encurtar o nosso tempo, para não desperdiçar todos os momentos, que eu fico carente do teu Amor.