PONTO E VÍRGULA
O meu eu adormecido
Aflorou, despercebido.
Trouxe à tona o que achava
Que havia esquecido.
De maneira dolorida
Machucou minhas feridas
E fez arder,
Esmagou meu coração.
Eu dizia tantos sins
Sempre querendo dizer nãos:
A solidão, escuridão,
a imensidão de vácuos meus.
Quero ponto
E não vírgula
Dar adeus a abertura
Que corrói o peito meu.