Fruto Proibido
Num verso, em epístola tremida,
Nomeei em homenagem minha querida,
Que no bojo do seio desenhei uma cereja,
Resplandece em sabor, hirta e sobeja.
Num passeio por suas costas,
Suave transpirar unta minhas mãos,
A ti, rendo todas as minhas apostas,
A totalidade de meus pensamentos sãos.
Não tenho outro propósito,
Apenas amar, para sempre, não incógnito,
Amar-te ao longe, meu único Conflito.
A espera doce de um beijo aguardado,
Nos recônditos da mente, nutro calado,
A futurosa vontade de estar ao seu lado.