Devaneio

Medo do despertar

Por que o sinto?

Poderia eu o amar

Se percorro um labirinto?

Por que negaria eu

A filosofia de um sentimento

Que para mim sempre transcendeu

O que de profundo experimento?

Como compor aqui e agora

O sabor do vinho daquela noite

E não sentir que jogo fora

O deleite em vez do açoite?

Percebo-me num escuro caminho

Ao longo desta incessante busca

Tão rápida e devagarinho

O evidente se ofusca

Meu "eu", em seus versos,

Encontrou a própria poesia

E sente poder ser (uni)versos

De nossa alegoria.

14-06-2019

Katlyn Dias
Enviado por Katlyn Dias em 14/06/2019
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