EROS O DEUS DO AMOR

O amor vagueia por meu peito,

circunda-me imperfeito,

como o vento balançando a palmeira,

e eu aqui dentro sem defesa.

jorra-me o orvalho da madrugada,

sombria, triste, desanimada.

comporto-me enrolada no edredom,

sentindo-me estar apaixonada.

Eros com sua flecha me fisgou,

deixando-me ardente como o sol.

Não quero por agora, um grande amor,

vai embora, leva longe seu fulgor.

Em meu leito, procuro minha alma,

minha vã filosofia que acalma.

Tenho gosto de vinho em minha boca,

essa paixão que me cega e deixa loca.

Fico vagando perdida, em meu divã,

repousando entre meus seios, meu amado.

Suave é o odor de seu perfume,

que roubou meu coração enamorado...

Dalva Pagoto
Enviado por Dalva Pagoto em 11/06/2019
Reeditado em 15/07/2019
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