GÉLIDO AMOR

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Um mar gélido, sem moto, quase morto

em luz fraca de inverno ilimitado;

um castelo sem porta, inacabado,

numa angra que outrora foi bom porto.

Só uma ave em baixa revoada

se dispersa qual mesto pensamento:

-lenta vai, sem rumo e sem lamento,

para sempre embora da enseada.

Este mar que já fora radioso

(quando o sol brilhava em teu sorriso)

foi aos poucos lacrado com um selo

congelando seu rangido lamentoso,

e o amor, do qual restou só um friso,

foi esculpido em lágrimas de gelo.

Esse poema foi adicionado ao meu E-book intitulado: "Todos os Poemas" que pode ser baixado grátis na seção E-livros da minha escrivaninha.

Richard Foxe
Enviado por Richard Foxe em 11/06/2019
Reeditado em 16/07/2019
Código do texto: T6670483
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