A morte do amor
É tão triste este medo
De tocar com palavras sinceras
De expressar os sentimentos
Vamos criando distâncias
Verdadeiros abismos
Que impedem os encontros
Que multiplicam solidão
Impedindo sorrisos
Emoções à flor da pele
Sufocando paixões
Denotando fracassos
Entricheirando espaços
Nos fazendo andar
Sempe armados
Sem sermos amados
Pois não há a permissão
Da conquista
Os brilhos nos olhos se fazem
Opacos
Os sorrisos sempre amarelados
A desconfiança e a solidão
Se fazem companheiras
Irmãs siamesas
Evitando a dor
Decretando pouco a pouco
Neste mundo tão louco
A inevitável morte do amor.