O poente que agora se assanha à vidraça
roçando os botões da camisa,
são astros violentos
na travessia das almas,
ecoando aos pulmões o oxigênio necessário
para queimar o ópio às veias do poema
 
Como se não bastasse o perfume a saudade,
esperando de ouvidos colados ao telefone
a voz entorpecida e escorregadia,
sexy, sexy como uma brisa nascida para sangrar,

desde o teu pensamento até a nudez da minha inocência,
há ainda esse precipício
pregado à cruz do verbo amar
 
E não adianta tentar esconder o corpo
nem vender o coração depois de uma enchente,
porque pras facadas diárias da realidade,
o amor é a única vingança !







Listening...
Låpsley - Painter
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 05/06/2019
Código do texto: T6665790
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