Voe

Vagando pelo caminhar vasto de sentimentos,

Vivendo e sentindo um só vão momento,

Quem um dia saberá revelar as tormentas da alma

Se pra chorar um dia precisa sentir-se feliz?

Destes vazios ocupando os corações dos que temem,

Tristezas reveladas daqueles que os mentem,

Será que um dia você lembrará,

Do meu coração que não batia, só vivia para te amar?

Haverá de um dia os segredos serem contados,

As lembranças serem resgatadas para viver-se um momento,

As lástimas e sofrimentos passarem a ser uma distância,

E os olhos brilharem mais que a própria luz.

Haverá um dia de nos olharmos novamente,

De gritarmos pela voz tudo aquilo que o coração sente,

De avistar a cegueira já se despedindo e vindo com a despedida a visão,

Do que adiantaria estarmos juntos sem estarmos na verdadeira união?

Voe, como um anjo em um jardim aquecido pelo frio em tuas mãos,

Anjo aquele que teme a maldade pois em seu coração só passeia a harmonia de olhares,

O medo já é amigo e a solidão já abraçou a companhia,

O amor fez renascer tudo aquilo que um dia não vivia.

E se um dia me perguntares o motivo de amar-te como o vermelho de meu sangue,

Responderei que nunca encontrei a razão,

Pois se tivesse encontrado, a dúvida saberia o amanhã,

E se soubesse, preferia minhas pálpebras descansar.

Questiona-se tudo, oh meu bem,

Não tenha medo da verdade nem daquilo que a ela convém,

Você vive em meu ser como um anjo que jamais morrerá,

Não duvidas das milhares vezes que te sussurrei, o seu olhar pra todo sempre me terá.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 04/06/2019
Código do texto: T6664389
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