ELA
Na chegada do nosso reencontro
As palavras são repetidas antes do abraço
Ela procura em meus olhos o brilho dos seus
Despida, ela se deita imóvel
Com voz macia, relembra o primeiro encontro
São inquietantes os meus pensamentos
Sinto-a com mãos invisíveis
Tocando e apertando meu desejo
Não nego esse prazer que não me pertence
Mas aceito alojado dentro de mim
Nosso singelo olhar continua sedutor
Sem negar o amor profano
Com ela minha solidão deixa para amanhã
As ausências e o medo de que não haverá depois
Desse desejo que acende em mim a chama
Deixe-me gritar urros e sussurros
Até cair extasiado rendido pelo prazer
E dizer o quanto me deixa na servidão do amor
Derrotado pelo guerreiro que galopa
Sua aventura mais perigosa na fronteira do inimigo
Ela gostava de cada encontro e do cansaço
Libertando todos seus segredos e desejos
Sem culpa de que era pecado o amor proibido
Ao fim de tudo pedia para continuar
Com ele o êxtase de cada encontro
Castro Rosas