Outros Quinhentos

Quando um poeta ama

É um encontro sutil de almas

Escrito ou reescrito

Nas estrelas.

Amar sem tocar?

Sem conversar? Sem beijar?

Amar. Apenas.

Sem um toque sequer, sabe que a pele de seu amor é macia, forte, e carrega uma história.

Sem conversar, sabe que de filosofia à mais simples besteira, tudo é interessante, importante, relevante e que, de certa maneira, é um amálgama de pensamentos.

Sem beijar, sabe que mesmo tendo talvez um mal hálito, um medo, um receio pelo novo, o beijo pode ser mágico.

Ou nada disso. Veja.

Amor é amor. Não paixão.

Poeta apaixonado aí, sim,

Tá fodido.

Amor é respeito ao espaço do ser amado. É tocar se o amor se deixar tocar. É conversar se quiser. Amar é se despencar sabendo inclusive de que é provável que receba "Um bolo". Beijar? No rosto. Na mão. Nos lábios. Nos grandes lábios. Tudo depende, como em toda relação.

Um poeta não é um E.T. É apenas um ser que pode vir a amar por anos e desejar conhecer o ser amado.

Amor não é paixão.

Amor são outros quinhentos.

Pri Azze
Enviado por Pri Azze em 30/05/2019
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