Outros Quinhentos
Quando um poeta ama
É um encontro sutil de almas
Escrito ou reescrito
Nas estrelas.
Amar sem tocar?
Sem conversar? Sem beijar?
Amar. Apenas.
Sem um toque sequer, sabe que a pele de seu amor é macia, forte, e carrega uma história.
Sem conversar, sabe que de filosofia à mais simples besteira, tudo é interessante, importante, relevante e que, de certa maneira, é um amálgama de pensamentos.
Sem beijar, sabe que mesmo tendo talvez um mal hálito, um medo, um receio pelo novo, o beijo pode ser mágico.
Ou nada disso. Veja.
Amor é amor. Não paixão.
Poeta apaixonado aí, sim,
Tá fodido.
Amor é respeito ao espaço do ser amado. É tocar se o amor se deixar tocar. É conversar se quiser. Amar é se despencar sabendo inclusive de que é provável que receba "Um bolo". Beijar? No rosto. Na mão. Nos lábios. Nos grandes lábios. Tudo depende, como em toda relação.
Um poeta não é um E.T. É apenas um ser que pode vir a amar por anos e desejar conhecer o ser amado.
Amor não é paixão.
Amor são outros quinhentos.